Boys in Love, ou Garotos Apaixonados em português, terminou sua exibição original no domingo 06 de julho de 2025 deixando uma sensação meio amarga na minha boca devido ao baixo impacto que a série teve no X durante toda a sua exibição repetindo o mesmo problema de Only Boo em 2024: os BLs colegiais já não empolgam tanto o público atual de 2025 creio eu pela enxurrada de BLs adultos e cheios de sexo e safadeza que todos queríamos e agora temos. Porém, muitos dos fãs, principalmente as mulheres blzeiras estão se deixando seduzir por tais temáticas.
A série manteve a tradição dos BLs adocicados e cômicos feitos pela GMM com tanto gosto e precisão, cumprindo a risca o roteiro de entregar-nos algo leve, carinhoso e empático do início ao fim. E isso não é mais o suficiente para agradar ao gosto daqueles blzeiros que preferem sexo e agarramento mesmo num roteiro fraco.
A série também teve como objetivo apresentar-nos quatro novos casais da casa, três deles formados por jovens atores da nova geração da GMM formada a partir de My School Presidente e o Project Alpha, já que vários ex participantes do reality musical dela também foram transformados em atores.
Luke Peesan e Mick Metas, irmão caçula do Win Metawin, formaram o preguiçoso e algo aborrecível casal principal da série que devido ao seu roteiro lembrar o de Razão e Sensibilidade de Jane Austin onde Kit, feito po Luke, é a pura sensibilidade sempre confrontada e até muitas vezes derrotada pela razão antipática e neurótica de Shane, feito por Mick, que afastou de cara muita gente deles logo no início da série. Para piorar, LukeMick tem uma química quase inexistente potencializada pela enredo lento e nada simpático dos dois rapazes.
Enquanto Kit é a luz que brilha, Shane é a sombra que dela tira a força pelos seus objetivos totalmente racionais em relação aos seus estudos e futuro como estudante que não lhe deixam enxergar a vida com um sol brilhante nela, até Kit entrar e fazê-lo ver um mundo existente e colorido ao seu redor.
Já o enredo de Kim, feito por Chokun Putpong, e Mon, feito por Aston Rathipat, não tinha como não pegar todos de jeito: uma lindeza só e potencializado pelo extremo carisma de seus interpretes. A crise do casal secundário com eles não foi de graça tendo séria justificativa para deixar o público caído de quatro por eles desde o início da série. Tanto que até o roteirista gastou muitas laudas de diálogos com eles e não com o casal principal, pois se tivesse feito o contrário a série seria um retumbante fracasso no X.
Já o casal que não é casal (Ken Kantis Paul Thanat) ficou só na promessa mesmo. Mas como Per e Tar estão mesmo num eterno ensaio de namoro e Ken e Paul não fazem brilhar nossos olhos, eles ficaram como promessa a ser realizada.
Pod Supakorn e Papang Pronpiryat, veteranos rodados na GMM, e que nunca conseguiam papeis de destaque e protagonistas, a exceção do Chonlatee do Pod, no fracassado e enjoativo Tonhon Chonlatee, formaram um casal de homens adultos na casa dos seus 30 anos que funcionou bem e que levantou a pergunta de porque a GMM não tê-los juntado anteriormente. A resposta vem pronta na afirmação que o roteiro ideal pra juntá-los ainda não havia sido escolhido na gigante tailandesa. Tudo no seu devido tempo de acordo com os desígnios divinos.
Por fim, Garotos Apaixonados é um muito bom BL estudantil produzido por uma empresa que tem expertise no gênero que, na prática foi sua criadora, lá no hoje longínquo Love Sick de 2014.
A renovação de casais BLs tão caras para as finanças da GMM também foi feita assim garantindo o futuro da indústria do boys love tailandês com jovens e novo atores para dar-lhe continuidade, alimentando o público ávido por novos casais e casais que lhe fazem brilhar os olhos e deixá-los desejosos de vê-los em outras e novas produções futuras.
Embora no X a série não tenha passado do meio milhão de posts em mega sucessos como We Are e Perfect 10 Liners, isso não lhe tira o mérito de ser um bom BL. Isso comprovado que por várias semanas consecutivas ele ficou entre os cinco mais bem avaliados no My Drama List, mostrando que o gosto do público não pode ser aferido somente pelo X e sim também por outras plataformas que dão tanto a opinião quanto o gosto do público.
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