domingo, 24 de março de 2024

CLOSE FRIEND 3, SOJU BOMB - RESENHAS



SOJU BOMBA - RESENHA 1


Anunciada em março de 2023, a 3ª temporada de Close Friend, subtitulada de Soju Bomb estreou somente em março de 2024 contando a estória de 5 trainees adolescentes de K-Pop tailandeses que são sumariamente demitidos pela empresa após 4 anos de intenso treinamento sem a chance de debutarem na indústria.
Revoltados com a situação resolvem quebrar as regras que tanto seguiram pra nada e numa noite de extrema bebedeira com uma moça desconhecida acabam indo parar em Busan, no sul da Coreia do Sul, sem nem saberem como devido a amnésia alcoólica que sofreram todos.
E aqui está o grande mote do roteiro, pois sem saber como foram parar ali, eles precisam dar um jeito de voltar para Seul e tentar recuperar seus passaportes para retornarem de vez à Tailândia.
Prometido como um BL esse primeiro episódio mais parece uma série de aventura onde eles passarão por poucas e boas no caminho inverso para casa.
O pano de fundo novamente é a indústria do entretenimento musical do K-Pop e os questionamentos de suas rígidas e até estúpidas regras impostas ao seus ainda adolescentes trainees que são privados de viverem uma vida adolescente quase normal devido as preopações com suas imagens perante o público como "produtos" vendáveis da empresa, para no fim, nem sequer terem a chance de estrear, devido ao presidente decidir finalizar o projeto sem dar nenhuma explicação.
Comédia das boas, os cinco juntos são o puro caos do desconhecimento de como se divertir e até beber alcool privados que foram dessas experiências juvenis.
Ao encontrar uma desconhecida e suspeita mulher em um bar, ela os conduz numa bebedeira de libertação e loucura pela madrugada deixando-os isolados numa praia em Busan.
Cabelos pintados, um aquário de peixe portátil, vômito e uma senhora muda algemada a um deles são o saldo da noitada.
Bate aquele desespero básico e o líder do grupo que se chama Best (Melhor) parte para a gritaria.
Um detalhe importante para não confundir os desavisados: todas as personagens têm os mesmos nomes dos atores que as interpretam.

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SOJU BOMBA - RESENHA 2


Após acordarem de seus comas alcoólicos, os meninos começam a cruzada para saber o que aconteceu durante a louca madrugada de farra e bebedeira inaugural que os levou misteriosamente a Busan a 325km de Seul.
Sem os telefones e os passaportes, a preocupação em como voltarão para Seul e depois para a Tailândia se faz premente.
Nada difícil fazer uma comparação com os bêbados de Se Beber Não Case aqui.
Earth e Best demonstram desavenças que os outros não sabem a origem, enquanto temos um rápido lampejo de Win e Dunk aos beijos e Win com os lábios feridos: a sede de beijo foi severa.
Depois de serem levados a barbearia e descobrirem de sua invasão e de como fiaram com os cabelos pintados, eles passam a fazer o caminho contrário para voltar a Seul e vão descobrindo aos poucos as mercas feitas durante a louca madrugada.
Sem dinheiro, documentos e com somente o smartphone de Earth recuperado eles começam a ter as pistas necessárias para entender o que aprontaram até chegar ali.
Mas é necessário encher a barriga para poderem andar e assim eles conseguem comer sobras de peixe da peculiar culinária de Busan.
O trabalho em equipe dá-lhes o dinheiro para voltarem a Seul, mas no meio do caminho tem mais um mistério para ser esclarecido.
Confusão armada, o episódio 2 só começou a revelar a trama e mostrar que os meninos não estão tão em sintonia assim, o que dá ainda mais vontade de continuar acompanhando sua jornada inversa para casa ao mesmo tempo que repensam os seus conceitos,

SOKU BOMBA - RESENHA 3


E a jornada inversa continua e agora os meninos estão de volta a Dongdori e se veem envolvidos com misticismo e crença num deus peixe que os aldeões acreditam ser o peixe do aquário carregado por Dunk.
Merda no ventilador é jogada ao ser revelado que Best quebrou a regra e namorou com uma mulher da empresa; o que Earth já sabia e joga-lhe na cara, pondo em xeque o real motivo dele ser posto como o líder do grupo.
A mulher muda amplia o mistério com um par de anéis que não tem significado para eles, mas parece ser coisa importante.
Mas antes disso eles tiveram uma reunião com a xamã da aldeia que revelou-lhes alguns segredos perturbadores e outros nem tanto assim. Por enquanto, só sabemos os de Best e Dunk. Win, envergonhado e com medo, deixou o seu em segredo absoluto pois envolvem desejos homoafetivos. Já os de Au foram ditos na língua dos peixes: coisa muito inteligível somente para ele. E pelo seu sorriso não é nada tenebroso.
Já Dunk foi outro que preferiu manter segredo de sua sorte ou azar futuros.
Outros assuntos foram abordados no episódio como o fato deles viverem numa dieta eterna como trainees, Best pede desculpas pelo ocorrido com eles, mas Earth diz que foi culpa da empresa tê-los tradado assim.
E o episódio finaliza com mais um mistério a ser revelado: a gangue atrás deles quer devolvida Yeri, a mulher que os embebedou no bar, mas eles não sabem nem por onde começar.
E assim a série continua num andamento vertiginoso, com diálogos ágeis e situações inusitadas fazendo dela um thriller eletrizante e que dá gosto de ver, parecendo aqueles séries de heróis estadunidenses cujos episódios sempre terminavam numa explosição de adrenalina que só era resolvida no episódio seguinte.
E assim a jornada dos ex-trainees continua vibrante.


SOJU BOMBA - RESENHA 4


E o 4º episódio chegou e a questão levantada sobre a minissérie ser um BL já foi levantada, pois até esse ainda nada de envolvimento romântico entre alguns dos rapazes.
Best é hetero com ex-namorada e Au quase dá seu primeiro beijo em Yeri e os desejos amorosos de Win nem sequer foram desenvolvidos aqui.
Mas o caos continua e a viagem reversa para Seul também.
O roteiro continua primoroso na narrativa e não dá espaço para cenas desnecessárias: tudo é muito bem pensado e orquestrado como uma música de concerto.
Na busca por Yeri, os rapazes vão parar num parque de diversões abandonado no qual descobrem ter feito uma parada nele na noite louca de bebedeiras e besteiras a rodo.
Dunk descobre que eles picharam o muro com o maior desejo de todos, ou seja, liberdade; afinal, todos estavam presos às regras escravocratas da empresa de entretenimento sul-coreana que lhes forçou a intenso treinamento e proibições de várias ordem para, no fim, descartá-los como lixo inútil.
Yeri não estava desaparecida; apenas presa num porão por questão da fechadura estar quebrada.
Au expressa seu desejo de recuperar sua adolescência perdida e mexe com os sentimentos de todos.
Mas um novo mistério aparece: as tatuagens nas suas costas, com o detalhe que a de Best está na sua bunda, é o novo mistério a ser decifrado.

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SOJU BOMBA - RESENHA 5



E jornada reversa para Seul levou os rapazes a encontrar o CEO da Sumsang e assim a revelar o mistério de quem é Ahjumma e sua posição neste jogo de xadrez e do porquê eles foram parar em Busan.
Lésbica e a outra mãe (não natural) do CEO, desaparecida há anos, ela própria se acorrentou a Earth ao perceber que a linguagem de sinais usadas por eles era de seu filho adotivo.
A situação dela foi o mote para mostrar no episódio a questão de discriminação sexual sofrida por LGBTs em décadas passadas ao mesmo tempo mostrando a preocupação de Win em se assumir um de nós, sobretudo com Dunk pelo medo de seus sentimentos o levarem a perder seu amigo.
Mas heis que Dunk dispara também poder desenvolver sentimentos por Win. Mas daí nada passou, pois ao chegar a Seul uma nova bomba cai sobre as cabeças dos rapazes: uma nova empresa foi aberta e eles têm uma nova audição agendada.
A descoberta do fato leva Best a esmurrar Earth, pois o garoto sabia e não avisou os amigos do evento deixando claro que não está mais interessado em ser um Idol como os outros quatro, enfurecendo Best que ainda mantém o sonho.
A inventividade do roteiro esclarece o mistério das tatuagens, sendo elas o mapa da localização exata dos passaportes escondidos por eles próprios.
Mas um fator importante continua: divulgada como um BL, o roteiro ainda nada desenvolveu do gênero, embora a série seja de grande inventividade narrativa e muito bem elaborada tecnicamente. Uma grata surpresa de 2024, mas que deveria ter sido vendida com a clareza de não ser um BL.
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SOJU BOMBA - RESENHA 6



E a jornada está chegando ao fim, mas eles ainda precisam encontrar os tão desejados passaportes pra voltarem à tailandia, mas alguns percalços surgem e precisam ser resolvidos.
Earth omite o novo teste para o grupo intencionalmente e flashbacks mostram que ele estava ali obrigado pela família para se tornar um Idol, embora esse não seja o seu real desejo.
Au continua pensando em casa, família e amigos e o tempo de adolescente normal que ele perdeu e se lamenta por isso.
Mas como em O Senhor dos Anéis, os passaportes estão no local menos desejado pra eles no momento, isto é, a empresa onde trabalharam.
A amizade deles está abalada, mas os sentimentos que os unem ainda são fortes.
Best, como líder, assume toda a culpa pelo ocorrido, mas os meninos não o deixam só e assumem a culpa juntos.
O gerente da empresa muda as regras para os novos trainees dando-lhes algumas liberdades antes impensadas.
Au e Earth desistem de retornar a Tailândia e correm a tempo de se juntarem ao grupo para o novo teste com um empurrão dado por Yeri.
Mas a grande surpresa é o chefão da Sunsamg ter patrocinado o novo teste deles.
Mas a felicidade dura pouco e eles terminam como tudo começou, de ressaca e sem saber onde estão, porém só de cuecas.
Embora as duas temporadas iniciais tenham sido BL, essa terceira é uma lakorn de aventura caótica, que discute temas importantes na indústria dos Idols como regras estúpidas de comportamento e convivência que tiram a juventude e naturalidade dos jovens artistas desse grupos, deixando-os como verdadeiros prisioneiros da produtoras.
Mais um recado importante para os CEOs abusivos, sobretudo os sul-coreanos, que tais regras precisam de mudanças bruscas e de serem mais humanas.

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